Política de Privacidade

Perguntas frequentes sobre CV para o exterior

Perguntas frequentes sobre CV para o exterior

Quando se está preparando uma aplicação para pós-graduação ou pós-doutorado no exterior, muitas vezes nos deparamos com diferentes requisitos que variam de acordo com a universidade ou empresa em que você vai aplicar. Exemplo: traduções, exames de proficiência ou de habilidades, projeto, diferentes tipos de cartas, etc. Mas um documento é comum entre todos eles: o seu CV acadêmico. E justamente por ser o documento que é mais requisitado, é também o que gera mais dúvidas entre os aplicantes. A seguir, vou apresentar algumas dicas para resolver essas perguntas frequentes sobre CV para o exterior.

1.     Posso usar o currículo lattes em inglês para a minha aplicação para pós-graduação ou pós-doc no exterior?

A plataforma Lattes é um sistema muito importante para nós brasileiros e permite o cadastro de dados acadêmicos de maneira unificada. No exterior, os pesquisadores não conhecem o currículo Lattes. Mesmo sendo importante para brasileiros, ele não é prático nem conciso e passar uma boa impressão rápidamente de maneira clara é essencial para o sucesso das suas candidaturas. Esses são os principais motivos para você não usar a versão automática da plataforma em suas aplicações para o exterior.

Além disso, o indicado para ter uma aplicação de sucesso para o exterior é ter um CV específico para cada vaga. Isso requer que você dê destaque a diferentes informações ou até tenha que retirar ou condensá-las, e apenas convertendo o seu Lattes para o inglês não lhe dá essa possibilidade.

Minha dica é: tenha um arquivo editável com todas as suas informações relevantes que vai dando base para as versões futuras do seu CV.

2.     Posso adicionar pré-prints e artigos não publicados no meu CV?

Sim! O processo de preparação, escrita, revisão e correções de artigos científicos pode demorar meses (ou até anos) e os pesquisadores sabem disso. Você deve incluir manuscritos que ainda não foram publicados em revistas científicas, quando estiver preparando sua aplicação. Para isso, sinalize ao final da referência qual a situação em que o artigo está:

  • manuscript in preparation
  • manuscript submitted for publication
  • manuscript under review
  • manuscript in press
  • preprint (nesse caso, se o artigo foi submetido a uma revista científica posteriormente e foi aceito, mantenha apenas o registro da publicação final)

3.     Preciso acrescentar dados do ensino médio no meu CV acadêmico?

Não. Até para aplicações de mestrado, a sua experiência da graduação é a que será levada em consideração na avaliação.

Em regra, tanto para vagas de emprego após a sua pós-graduação, quanto outras seções do seu currículo, dê destaque a experiências e publicações recentes (dentro de 5 anos). Considere uma exceção, caso tenha algo muito relevante para aquela vaga. Exemplo: João publicou um artigo em uma revista geral com sua pesquisa da graduação em Química Orgânica em 2015 e agora em 2023, João está aplicando para um pós-doutorado na área de Química de Polímeros. Se na narrativa da aplicação de João, esse artigo não se encaixa e não tem relevância nenhuma na área, ele deve considerar retirar esse artigo de sua Lista de Publicações.

Outras exceções a esse período mais recente são em casos onde um CV completo é pedido na aplicação, ou ainda, quando um determinado período de tempo é requerido do aplicante.

4.     Existe um limite de páginas para meu CV acadêmico?

Por regra, não há um limite de páginas, principalmente se você estiver pensando em uma vaga mais sênior (Professor, por exemplo). Mas mesmo nesses casos, a sugestão é a mesma (a menos que na abertura da vaga o contrário seja pedido): que mantenha o seu CV conciso e claro com as principais informações em destaque. Para pós-graduação, 2 páginas é o bastante.

Se você precisa diminuir o seu CV, considere algumas modificações:

  •  Trocar a seção de Publications para “Selected Publications” e escolher o que é mais importante;
  • Resumir a maneira que você lista os artigos publicados (ex: retirar o título, DOI);
  • Usar estrutura em tópicos e não em parágrafos;
  • Ajustar a formatação utilizada (ex: espaçamentos, tamanho de fonte).

5.     Devo adicionar dados das pessoas que vão escrever minha carta de recomendação?

Muitas vezes, as recomendações são avaliadas em uma etapa posterior da seleção. Outras vezes, esses dados são pedidos apenas no formulário de aplicação. Quando não for especificado, não há a necessidade de adicionar a frase: “References are available upon request” no seu documento.

Mas lembre-se que se você tiver que indicar essas pessoas já no processo de aplicação, confirme antes com elas se estão de acordo em ser o seu recomendante.

Gostou?

No Application 2.0, meu curso sobre candidaturas, temos uma aula completa sobre CV. Inscreva-se na lista de espera através do link a seguir para receber em primeira mão as datas da nossa próxima turma.

Acesse →

Acompanhe também nossas redes sociais

Compartilhe essa Publicação:

Você também pode gostar

5 opções de carreira internacional para doutores, além da carreira acadêmica

5 opções de carreira internacional para doutores, além da carreira acadêmica

Por ter um conteúdo que incentiva as pessoas a conseguirem sua pós-graduação ou pós-doutorado no exterior, muitas vezes eu também recebo um outro tipo de pergunta: “Duda, eu adoro trabalhar com pesquisa e meu sonho é trabalhar com isso, mas eu não quero ser professora universitária. Como um doutorado no exterior vai me ajudar?”. Essa é uma pergunta muito válida, e se você também tem esse pensamento, posso lhe dizer que você já está um passo à frente. Nesse post, eu vou lhe mostrar outras 5 opções de carreira internacional para doutores, além da carreira acadêmica.

Leia Mais »
plugins premium WordPress